26/03/2012

Mandala


"Cada obra encerra misteriosamente toda uma vida, uma vida com seus sofrimentos, suas dúvidas, suas horas de entusiasmo e de luz.
(...) A vida espiritual, a que a arte também pertence e de que é um dos mais poderosos agentes, traduz-se num movimento para frente e para o alto, complexo mas nítido, e que pode reduzir-se a um elemento simples. E o próprio movimento do conhecimento. Seja qual for a forma que adote, conserva o mesmo sentido profundo e a mesma finalidade."





Esta mandala foi pintada na parede, numa clínica odontológica, um trabalho que envolve muita energia e amor.

Ana Maria

16/03/2012

O Corpo

Imagem: Internet

O corpo lhe dá mensagens somente em sussurros. Se você ficar alerta, será capaz de entendê-lo. E o corpo tem uma sabedoria própria, que é muito mais profunda que a da mente. A mente é imatura. O corpo permaneceu sem a mente por milênios. A mente chegou mais tarde, ela ainda não sabe muito.

Tudo o que é básico, o corpo ainda o mantém sob seu controle. Somente coisas inúteis foram dadas à mente - pensar sobre filosofia, Deus, inferno, política.

Assim, escute o corpo e nunca se compare com mais ninguém. Nunca antes houve uma pessoa como você e nunca haverá. Você é absolutamente único - no passado, no presente e no futuro. Assim, você não pode comparar suas características com ninguém e não pode imitar ninguém.
                                                 (Osho)

14/03/2012

O Mal


"Todo o mal é uma defesa contra a dor. Quanto maior a maldade, maior a dor. Esse é o primeiro ponto a ser compreendido. Toda violência, competitividade e mesquinhez que encontramos no mundo são apenas um pedido de socorro, um grito desesperado. Você pode escolher proteger-se dessa maldade contra atacando-a ou pode julgá-la, mas isso também é maldade. Você tenta combater a maldade com uma maldade ...ainda maior, e isso faz com que a maldade se multiplique.

A pessoa que está vibrando na maldade está sentindo uma grande dor e tudo o que ela quer é ser acolhida; ela quer um olhar de aceitação e de amor, mesmo que, num primeiro momento, ela possa se assustar e atacar ainda mais - já que a luz assusta aquele que está identificado com a escuridão. A luz dissipa a escuridão e o amor dissipa a maldade. Sendo assim, se a entidade está identificada com a maldade, ela teme desaparecer. Ela se assusta e, muitas vezes, ataca a fonte de amor. Mas, o único remédio para a maldade é o amor, por mais desafiador que seja."

(Sri Prem Baba)

06/03/2012

Viver


"O olhar não repousa conformado sobre a paisagem contínua de um espaço inteiramente articulado, mas se enreda nos interstícios de extensões deslizantes, presentificada pela estética dos movimentos. No contato improvisação o olho se defronta constantemente com limites, expansões, acolhimentos, alteridades e subjetividades. Escuta corporal momento a momento.
Assim, trinca e se rompe a superfície lisa, objetiva, memorizada, de movimentos pensados e repetidos à exaustão. O olhar dá lugar a um lusco-fusco de zonas claras e escuras que se apresentam na continuidade dos movimentos improvisados. Movimentos únicos, momentos únicos, embalados na respiração do universo. Expansão e contração, côncavo e convexo, num movimento instável e deslizante. Terapia corporal num campo de significações. Campo do sagrado, do numinoso."



Nietzsche descreve a dança no compasso da experiência, improvisação. Aprender dançar exige um campo de abertura e confiança, assim como viver. O corpo em escuta e a atenção plena... momento a momento... uma re-significação constante que dá espaço ao novo, ao desconhecido até então não experimentado. Uma dádiva, um martírio, um paradoxo. Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não experiências, sem nem mesmo nos darmos conta que as certezas só podem surgir através das dúvidas e os resultados somente através das experiências... o que nos resta então senão experenciar, viver e se permitir?

TUDO visível, palpável, objetivo e "certo", diz NÃO, só o coração diz SIM, SIM, SIM, um apelo que não parte do racional é o corpo que entende na dança, nessa escuta inclusiva, onde se rompe toda a linearidade e um campo novo é totalmente aberto, como diz Nietzsche, campo do sagrado, do numinoso. No encontro, acontece.

O que é o encontro senão esse PRESENTE?

Ana Maria
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...