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"A primeira lição de amor é não pedir por amor, mas simplesmente dar. Torne-se um doador. E as pessoas estão fazendo exatamente o oposto. Mesmo quando elas dão, dão apenas com a idéia de que o amor deveria voltar. É uma barganha. Elas não compartilham, não compartilham livremente. Compartilham com uma condição. Ficam olhando com o canto dos olhos se ele está voltando ou não. Pessoas muito pobres... Elas não conhecem o funcionamento natural do amor. Você simplesmente derrama - ele virá. (...) O amor tem que ser aprendido; ele é a maior arte que existe." (Osho)
É na fonte que encontro a ressonância interna necessária para superar e mudar os padrões envelhecidos de memória, hoje mais amadurecida já tenho consciência do processo e isso o torna mais leve e é na tranquilidade da alma que o processo de cura é vivido. Não temos noção onde estão arraigadas nossas carências mais profundas, e não raro somos convidados a visitar esses espaços dentro de nós, a maioria das vezes isso passa camuflado por nossas defesas, e no decorrer do tempo se tornam cada vez mais cristalizados.
O processo de desconstrução exige uma atenção voltada para dentro e a mudança de padão só acontece na experiência, não há outra forma, é o corpo que precisa perder a antiga referência e fazer o novo registro. Esse momento no início é muito confuso e extremamente doloroso, mas depois vai se tornando mais consciente e você vai aprendendo a lidar com ele com mais tranquilidade, e a cada experiência ele vai se tornando mais e mais consciente, até você perceber que aquilo já não é mais parte de você. Assim acontecem as mudanças, e por isso não mudamos da noite para o dia, mudar é muito difícil, é um processo eterno de aprendizado, se nos prendemos nas nossas pretensas seguranças, verdades, apegos e deixamos que o medo nos paralize, estamos fadados a adoecer, porque queiramos ou não o corpo vive o processo que precisa viver.
Isso é renovação, é a liberdade almejada é o que nos mantém vivos. Para alcançar a paz é preciso atravessar o vale das sombras, a dor é inevitável, é algo que está morrendo em nós, a tristeza é o luto vivido e necessário, para que um novo espaço seja criado e uma nova consciência venha participar do momento. É no ordinário que precisamos encontrar a beleza, o deslumbramento. Dentro de casa, no cotidiano, na natureza, tudo isso é que tem que fazer nosso coração vibrar numa pulsão de vida.
Ana Maria