12/09/2010

Doenças e Sintomas

"A existência é um tributo à vida organizado em formas vivas. Ser um indivíduo é seguir os impulsos da própria forma e aprender suas regras únicas de organização. Esse princípio de organização, esse imperativo para a forma é a linguagem do universo da sociedade e nossa própria linguagem." ( Stanley Keleman)




Nos deparamos hoje com o triste reconhecimento que a medicina moderna perdeu de vista a totalidade do ser humano. Diante da especialização e da fragmentação dos conceitos básicos de pesquisa, ampliou-se o conhecimento das partes mas, a totalidade do ser humano nesta busca foi totalmente perdida. A doença foi literalmente compartimentalizada, deixando de fazer parte de um todo que envolve o ser humano.

Perceber que saúde e totalidade incluem mente e espírito e, compreender a grandeza e dignidade da doença e da morte, nos permitirá uma visão mais honesta e nos levará a pensar a doença como uma desarmonia e que é essa perda de equilíbrio interior que se manifesta no corpo como sintoma.

Os sintomas são os sinais manifestados pelo corpo e nos transmitem a mensagem de que algo está em desarmonia, ou seja, é a expressão visível de um processo invisível, que vem interromper nosso caminho, como uma advertência de que alguma coisa não está em ordem. Podemos simplesmente resolver de forma paliativa o sintoma, mas na verdade ele nos convida a examinar com mais profundidade, a fim de compreendermos para onde está nos convidando a olhar.

As medicinas, seja ela tradicional, terapêutica, ou seja, "natural", tentam alcançar suas metas através de medidas funcionais impedindo a doença, o conceito entre elas constitui-se o mesmo, divergindo apenas na metodologia, sendo uma menos tóxica e mais natural. No entanto, elas evitam interpretar o sintoma, e assim condena o sintoma e a doença ao vazio de significado. Com isso perde-se a função do sintoma que é sinalizar uma desarmonia, transformando-os em sinais sem significado.

A doença é somente outra manifestação da vida, são oportunidades de crescimento da alma. Nossas células precisam tornar-se conscientes de nossas mudanças para que possam abandonar velhas formas de comportamento. O entendimento consciente da experiência pode acelerar o processo de cura.

É importante que façamos uma análise mais profunda do sintoma manifestado. O desequilíbrio pode ocorrer em qualquer nível e é necessário nos abrirmos e nos disponibilizarmos para sermos capazes de interpretar a mensagem. Muitas vezes os 'recados' são óbvios, basta que tenhamos olhos para ver, ouvidos para escutar e sabedoria para compreender.

A diferença entre combater a doença e transmutar a doença reside na compreensão de que saúde é harmonia. A cura pressupõe a incorporação daquilo que está faltando para restabelecer a harmonia. A própria doença é o caminho pelo qual o ser humano pode seguir rumo à cura.
O objetivo maior é reconhecer e aceitar todas as partes de nosso ser, usando a doença como um caminho, para ampliarmos nossa consciência na busca da totalidade e saúde. 

    Ana Maria

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