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Se você se relaciona, você respeita, você não pode possuir. Se você se relaciona, há uma grande reverência. Se você se relaciona, chega muito perto, muito, muito perto, em profunda intimidade, se sobrepõe.
Contudo, a liberdade do outro não é invadida, o outro permanece um indivíduo independente. O relacionamento é o do eu-você e não do eu-isso, se sobrepondo, interpenetrando, todavia num sentido independente.
Khalil Gibran diz: “Sejam como dois pilares que sustentam o mesmo teto, mas não comece a possuir o outro; deixe o outro independente. Sustentem o mesmo teto: esse teto é o amor.”
Dois amantes sustentam algo invisível, e algo imensamente valioso: uma certa poesia do ser, uma certa música ouvida nos mais profundos recantos da sua existência. Eles apóiam, apóiam uma certa harmonia, mas mesmo assim permanecem independentes. Eles podem se expor ao outro, porque não há medo algum. Eles sabem que são. Eles conhecem sua beleza interior, conhecem seu perfume interior; não há nenhum medo.
Qualquer amor que tenha alguma condição consciente ou inconsciente vai com certeza trazer frustração, porque estas condições não podem ser preenchidas. A própria natureza das condições é assim.
Osho